segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Balanço 2012!


2012 foi um ano bastante positivo em termos de leituras, tendo-me proporcionado conhecer novos autores e, na sua maioria óptimas surpresas. Foi, sem dúvida, o meu melhor ano de leituras, porque consegui aumentar de modo significativo o número de livros lidos e por ter sido um ano em que conheci obras fantásticas.

No final do ano passado, tinha-me proposto a alcançar diversos objectivos. Tinha o intuito de aumentar o meu número de livros lidos, tal como conseguir diversificar ao máximo as minhas leituras, de modo a ler cada vez mais obras de outros géneros, para além dos que mais me dizem, e conhecer novos autores.

No que se refere a números, sem dúvida que o meu objectivo foi alcançado. Em 2010 tinha lido somente 39 livros, em 2011 tinha conseguido alcançar os 46. Para 2012 tinha colocado como fasquia os 50 livros, que tinham sido o meu objectivo em 2011 e, para meu espanto e felicitação pessoal, consegui superar este número. Neste ano que está prestes a terminar consegui ler 71 livros. Destes 71, treze foram emprestados, o que significa que tenho conseguido ler bastantes obras da minha biblioteca pessoal, que tem crescido bastante nos últimos três anos e infelizmente não tenho conseguido ler o suficiente para compensar as compras.

O facto de ter uma lista de livros enorme por ler, fez-me prometer que tentaria conter os gastos em livros, de modo a conseguir ler os que tinha pendentes, contudo esta missão não correu tão bem quanto gostaria. Este mês de Dezembro, por exemplo, não adquiri qualquer livro, contudo em meses anteriores, comprei mais do que deveria. No próximo ano gostava de tentar ler mais e comprar menos, de modo a contornar tal facto.

Também este ano prometi a mim mesma ler mais obras de autores nacionais, tendo conseguido ler seis obras. Sei que ainda é um número muito pequeno, algo vergonhoso, mas vou tentar em 2013 aumentar o número de livros lidos escritos na língua de Camões.

Quanto ao objectivo de diversificar as leituras, este ano entrei no “Desafio Magia & História 2012”, que consistia na leitura de 6 livros de Magia e 6 de Romance Histórico. Quando encabecei este desafio pensei que seria óptimo, por me permitir conjugar um dos meus géneros preferidos, o Fantástico, e um género que não conhecia muito, mas que me suscitava bastante interesse.

Findo este ano, posso afirmar que este desafio correu muito bem, tendo-me dado um prazer enorme. Embora o Romance Histórico fosse um género que conhecia muito pouco, posso afirmar sem qualquer reserva que me permitiu conhecer obras fantásticas, algumas das que mais gosto me deu acompanhar este ano.

A lista de livros lidos neste desafio foi a seguinte:

Magia:
"Uma Bruxa em Apuros" de Kim Harrisson;
"A Fúria dos Reis" de George R. R. Martin
"A Demanda do Visionário" de Robin Hobb
"O Despertar da Magia" de George R. R. Martin
"O Feiticeiro de Terramar" de Ursula Le Guin
"Harry Potter e a Pedra Filosofal" de J. K. Rowling
"Hex Hall" de Rachel Hawkins
"Harry Potter e a Câmara dos Segredos" de J. K. Rowling
"Bruxa e Detective" de Kim Harrison

Romance Histórico:
"Uma aposta perversa" de Emma Wildes;
"A Melodia do Amor” de Lesley Pearse.
"O Segredo da Casa de Riverton" de Kate Morton
"O Rapaz do Pijama às Riscas" de John Boyne
"Os Leões de Al-Rassan" de Guy Gavriel Kay
"As Serviçais" de Kathryn Stockett
"Alma Rebelde" de Carla M. Soares
"Esmeralda Cor-de-Rosa" de Carlos Reys
"Rebeldes" de Anna Godbersen
"No Anexo" de Sharon Dogar
“Rosa Selvagem” de Patricia Cabot

Quanto aos 10 melhores livros, este ano foram:
Pequena Abelha” de Chris Cleave (Edições ASA);
A Doçura da Chuva” de Deborah Smith (Porto Editora);
O Segredo da Casa de Riverton” de Kate Morton (Porto Editora);
A Culpa é das Estrelas” de John Green (Edições ASA);
Milagre” de R. J. Palacio (Edições ASA);
Entrevista com o Vampiro” de Anne Rice (Europa-América);
A mulher do viajante no tempo” de Audrey Niffenegger (Editorial Presença);
A Demanda do Visionário” de Robin Hobb (Saída de Emergência);
O Despertar da Magia” de George Martin (Saída de Emergência);
Divergente” de Veronica Roth (Porto Editora)

No que se refere aos que menos gostei, poderia mencionar “Tabu” de Jess Michaels, “Hex Hall” de Rachel Hawkins e “A escolha do coração” de Amanda Brooke.

Neste ano li uma maior percentagem de livros do género Fantástico (21), tendo lido dezoito Romances, onze Romances Históricos, seis do género Policial, cinco de Drama, cinco FC, dois Clássicos, dois Terror e outro de Romance Erótico. O que significa que realmente consegui diversificar as minhas leituras e ainda experimentar um género novo, o Romance Erótico. Embora não me tenha agradado sobremaneira a obra em questão, permitiu-me conhecer outro género de obras.

Os Autores Revelação foram vários: Chris Cleave, Deborah Smith, John Green e R. J. Palacio, que escrevem de uma forma soberba, conseguindo construir personagens tremendamente humanas, tendo nas suas obras passagens absolutamente fantásticas. Kate Morton foi igualmente uma escritora que me surpreendeu bastante pela positiva, pela sua escrita mágica e envolvente, pela sua capacidade de escrever no papel de uma personagem de idade de modo soberbo. Foi quiçá a autora que mais me surpreendeu este ano. Este ano conheci também as escritoras Suzanne Collins e Veronica Roth, portadoras de mundos tremendamente interessantes, que me deram um prazer enorme de acompanhar. Veronica Roth foi inclusive portadora do melhor livro de FC que li este ano, pelo que fico expectante pela continuação da sua obra. No que se refere ao Fantástico, sem dúvida que Anne Rice foi a melhor experiência deste ano. Tinha muitas expectativas quanto às suas obras e foram completamente justificadas.

Faço, deste modo, um balanço bastante positivo deste ano. Consegui ler mais 25 livros do que sucedeu o ano passado, o que me deixa bastante feliz. Conheci bastantes autores novos, alguns que se tornaram bastante especiais e que foram autores de algumas das melhores obras que li até hoje.


Para 2013 os meus objectivos vão muito de encontro aos do ano passado. Desejo ler mais livros e comprar menos; continuar a diversificar as minhas leituras, conhecendo géneros novos; ler mais obras de autores nacionais e conhecer novos escritores.

Desejo a todos os leitores do Magia, que conseguiram ler este texto enorme sem se cansarem :P, um óptimo ano 2013. Espero do fundo do coração que este ano que está prestes a começar seja melhor do que 2012. Espero que tenham um ano recheado de coisas boas, de muitos sucessos, felicidade e essencialmente saúde. Um óptimo ano para todos, recheado de óptimas leituras! Beijinhos. :)

domingo, 30 de dezembro de 2012

Para Sempre, Talvez



Nome: “Para Sempre, Talvez”

Autora: Cecelia Ahern

Nº de Páginas: 361

Editora: Editorial Presença

Sinopse: “Rosie e Alex vivem em Dublin e conhecem-se desde a escola primária. Sempre se mantiveram amigos e passaram juntos por muitas experiências desde a gravidez, ao casamento e divórcio. Um dia a distância separa-os: Alex parte com os pais para os Estados Unidos e Rosie sente-se muito sozinha. Consciente de que iria encontrar a felicidade junto de Alex, planeia ir ter com ele a Boston mas o destino força-a a manter-se na Irlanda. Uma série de mal-entendidos e azares deixa-os afastados e quando finalmente se reencontram não sabem o que fazer com a atracção que esteve sempre presente. Contado inteiramente através de correspondência escrita desde emails a cartas é um romance subtil e encantador sobre as nuances da amizade e amor.”

Opinião: Cecelia Ahern é uma escritora irlandesa, que alcançou um enorme sucesso com os seus romances e alguns contos. Pertencente durante alguns anos a uma banda, Cecelia lança aos vinte e um anos o seu primeiro romance, “P. S.- Eu Amo-te”, que se tornou o bestseller mais vendido na Irlanda, por 19 semanas, no Reino Unido, EUA, Alemanha e Holanda, tendo dado origem a um filme, com o mesmo nome, dirigido por Richard LaGravenese.

O seu romance seguinte, “Para Sempre, Talvez”, foi vencedor do CORINE Award Alemão, tendo alcançado o primeiro lugar de livros mais vendidos na Irlanda e no Reino Unido, com 17 mil cópias vendidas.

Nesta obra somos apresentados aos melhores amigos Rosie e Alex, tendo a possibilidade de acompanhar a infância de ambos, o seu desenvolvimento em jovens e adultos. Melhores amigos inseparáveis, de um dia para outro vêm-se separados, por Alex ter partir com os seus pais para os EUA. Nesse momento Rosie promete ir ter com o seu melhor amigo a Boston, contudo o destino obriga-a a permanecer na Irlanda. Será que apesar de todos os contratempos, estes amigos irão conseguir voltar a juntar-se e admitir que foram feitos um para o outro?

Escrito no formato de cartas, postais, emails e conversas de chat, numa narrativa fluída, simples, com uma pitada de humor, Cecelia Ahern aborda nesta obra temas como a amizade, o amor e a esperança por melhores dias.

Temos a possibilidade de conhecer inúmeras personagens, que nos permitem conhecer melhor Rosie e Alex, tal como o ambiente que as envolve. No que diz respeito a Rosie é impossível não sentir apresso por ela, por ser uma completa lutadora, que nunca baixa os braços embora a vida lhe pregue bastantes rasteiras. Alex é igualmente um homem de ouro, com bastante sorte no ramo profissional, ao contrário de Rosie, mas com o mesmo azar no que diz respeito ao amor. As restantes personagens são igualmente interessantes e cativantes, podendo ser mencionada a professora de ambos, de quem não gostavam quando eram pequenos, mas com quem Rosie acaba por compreender que as aparências enganam e que por debaixo da aparência autoritária, se encontra uma amiga com quem poderá sempre contar.

Nesta obra são várias as mensagens defendidas, desde a amizade, que se for alimentada poderá durar uma vida inteira e distância alguma poderá influenciá-la, desde que lutemos por isso. e que é a sustentabilidade de qualquer indivíduo, pois aconteça o que acontecer, quando se tem amigos verdadeiros, sabemos que poderemos contar sempre com eles. Que por vezes a felicidade encontra-se mesmo ao nosso lado, sem que demos conta. Defendendo também que nunca devemos deixar nada por fazer ou dizer, pois poderemos estar a perder muito mais guardando para nós o que sentimos, do que ao partilhar esses sentimentos. Por fim, é defendido que nunca se deve desistir, que devemos sempre acreditar nos nossos sonhos e lutar pelo que acreditamos, pois não há impossíveis, simplesmente objectivos mais difíceis de alcançar.

“Para sempre, talvez” é, desta forma, uma história que nos apresenta uma amizade duradoura que vence qualquer barreira e a luta por um amor aparentemente impossível. Uma boa história para passar algumas horas descontraídas, sem exigir muito do leitor.

Avaliação: 3/5 (Gostei!)

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

A Culpa é das Estrelas



Nome: “A Culpa é das Estrelas”

Autor: John Green

Nº de Páginas: 256

Editora: Edições ASA

Sinopse: “Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita.
PERSPICAZ, ARROJADO, IRREVERENTE E CRU, A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e comovente que o premiado autor John Green nos apresentou até hoje, explorando de maneira brilhante a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se vivo e apaixonado.”

Opinião: John Green é um vlogger, juntamente com o seu irmão, e escritor de livros para jovens adultos. Autor de vários bestsellers do The New York Times recebeu os prémios Michael L. Printz Award e o Edgar Award, tendo sido inclusive por duas vezes finalista do L. A. Times Book Prize.

“A Culpa é das estrelas” é a sua sexta obra, tendo sido lançada em 2012. Nesta obra somos apresentados à jovem de 17 anos, Hazel, que é uma doente terminal. Após lhe ter sido diagnosticado cancro nos pulmões, sem cura, esta jovem consegue estabilizar devido ao surgimento de um medicamento experimental, contudo a doença será sempre uma realidade na sua vida, estando condicionada a realizar somente algumas actividades. 

Com receio que a filha não aceite da melhor forma a sua condição de vida, os pais de Hazel instigam-na a frequentar um grupo de apoio a jovens com cancro, onde faz vários amigos. É neste grupo que conhece um rapaz, Augustus, que além de ser lindo aos seus olhos, ainda parece sentir um enorme fascínio por si, embora esta jovem tenha dificuldade de compreender porquê. Também este jovem foi portador de um cancro, que inclusive lhe levou à amputação de uma perna, encontrando-se há 14 meses sem qualquer ressurgimento de cancro. Embora Hazel tenha receio de sobrecarregar mais uma pessoa com a possibilidade da sua morte é, deste modo, que estes dois jovens se tornam amigos e que mais tarde começam uma relação.

Confesso que esta foi das opiniões mais difíceis que tentei escrever. Por diversas vezes pensei em passar para o papel o que senti ao desfolhar esta incrível obra, sem que nada do que idealizasse me parecesse acertado ou digno da obra de John Green. É um livro difícil de descrever, daquele género que sentimos que elogios nenhuns que possamos fazer o conseguem definir como ele merece. A verdade é que adorei e que me fez sentir de mil e uma maneiras, arrebatando-me completamente com as mensagens e personagens fantásticas que contém.

Ao embrenhar neste livro somos confrontados com diversos temas. Desde os mais ligeiros, as amizades que fazemos ao longo da vida e que acabam por ser a nossa sustentabilidade; o primeiro amor, portador de imensos sentimentos, que nos transmite a possibilidade de poder ser para sempre. Aos mais sensíveis, como o cancro, o que o mesmo significa para a pessoa que o tem, o receio de não recuperar, a tristeza de não saber se o dia de amanhã será bom ou não, ao facto de se sentir que não se pode confiar no nosso próprio corpo. Mostrando-nos também o papel do familiar e do amigo, que sente uma impotência enorme porque não pode fazer nada para ajudar o doente, tal como a tristeza de ver os que amamos sofrer. Também nesta obra somos confrontados com a perda do primeiro amor e a morte de alguém que nos é especial, que novamente é dos sentimentos mais desgastantes e angustiantes.

Esta obra foi, sem dúvida, uma verdadeira caixinha de surpresas. Embora tivesse acompanhado inúmeras opiniões fantásticas, que inclusive me levaram a adquiri-la, não esperava sentir-me tão apegada a estas personagens e sentir tantas emoções em simultâneo, pois tanto me fez chorar como soltar uma gargalhada borbulhante e não há nada mais fantástico do que um livro que nos faz sentir desta forma.

A história entre Gus e Hazel foi igualmente maravilhosa, uma incrível ternura. Adorei os momentos vivenciados entre este casal, o modo como Gus tentou conquistar Hazel e o modo como se tornaram inseparáveis. Ambos os personagens são de tal modo reais, com histórias de vida cativantes e enternecedoras, que tanto nos faziam sorrir de contentamento por os acontecimentos lhes correrem bem, como nos faziam emocionar por a vida ser ingrata para com eles. Li recentemente uma opinião sobre esta obra que defendia que estes personagens se tornam quase como nossos amigos ao longo desta jornada e é a mais pura das verdades, vivemos de modo pleno os acontecimentos que lhes sucedem quase como se fossem nossos.

Numa escrita fluída, enternecedora e tremendamente cativante, John Green apresentam-nos a descoberta do primeiro amor, a perda de alguém que amamos e a realidade do que é ser portador de cancro.

"A culpa é das Estrelas" é, deste modo, uma obra mágica, portadora de um enorme role de sentimentos, que agradará certamente aos amantes deste género de obras.

Frases a reter: "O consolo fácil não é reconfortante."

"Não podemos escolher se somos ou não magoados neste mundo, mas temos algo a dizer sobre quem nos magoa."

Avaliação: 5/5 (Adorei!)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal!


O Magia deseja a todos os seus leitores um óptimo Natal. Espero que passem a consoada junto dos que mais amam e que esta noite tenha tudo de bom, muitos sorrisos, felicidade e amor, pois é mesmo isso que esta época simboliza.

Beijinhos para todos!

Selo - Campanha Incentivo de Leitura



Um bocadinho atrasado mas o meu grande obrigada à p7 do blogue Bookeater/Booklover;  à Patrícia do Chaise Longue; à Ana Santos do Devoradora de Livros; à Alexandra Rolo do Livros por todo o Lado; à Nexita do Mil Folhas; à Maria d' O Imaginário dos Livros e à Silvana do Por Detrás da Palavras por me terem atribuído este selo. 

Regras:
  1. Indicar 10 blogs para receberem o Selo (é proibido apenas deixar para quem quiser pegar sem indicar 10 blogs);
  2. Avisar os blogs escolhidos;
  3. Colocar a imagem no blogue para apoiar a campanha;
  4. Responder à pergunta: Qual livro indicaria para alguém começar a ler?

Neste preciso momento acredito que a maioria dos blogues já tenha recebido o selo, mas deixo a 10 dos inúmeros blogues que sigo atentamente:


A pergunta é um bocado difícil porque acho que depende sempre do gosto de cada um. Contudo, se fossem jovens possivelmente a saga do Harry Potter de J. K. Rowling ou a trilogia dos "Jogos da Fome" de Suzanne Collins. Para os jovens adultos "A Culpa é das Estrelas" de John Green, obra que li há pouco tempo e que nos ensina algumas importantes mensagens que devemos ter sempre em conta. Para um adulto penso que seria mais difícil despertar-lhe o gosto pela leitura, mas possivelmente a saga  do Gelo e do Fogo de George Martin.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Bruxa e Detective



Nome: “Bruxa e Detective”

Autora: Kim Harrison

Nº de Páginas: 416

Editora: Saída de Emergência

Sinopse: “A vida é dura para a jovem Rachel Morgan. Caçadora de prémios por profissão e bruxa por vocação, o seu trabalho é percorrer as ruas perigosas de Hollows atrás de criaturas sobrenaturais que ameacem os habitantes mais inocentes e vulneráveis.
Sensual e independente, a jovem consegue lidar com vampiros vestidos de cabedal e até escapar ao ocasional demónio, mas um assassino em série que dá caça aos mais perigosos mestres da magia negra é, sem dúvida, forçar os limites.
Para derrotar um mal assim tão antigo e implacável não basta uma personalidade forte e uma mão cheia de feitiços. E se falhar, mais do que o seu corpo, Rachel arrisca-se a perder a alma.”

Opinião: Dawn Cook nascida no Midwest, EUA, descobriu o gosto pela escrita aos 15 anos. As suas primeiras histórias foram concebidas no género de Ficção científica, contudo rapidamente percebeu que preferia escrever fantasia e centrar-se mais no desenvolvimento de carácter das personagens.

Kim Harrison, pseudónimo adoptado pela escritora, escreveu a sua primeira obra em Abril de 2004 através da HarperTorch, que deu início à saga de fantasia urbana Rachel Morgan. Inicialmente originada como um volume, foi publicado no original em duas obras distintas, em português “Uma bruxa em apuros” e “Bruxa detective”. O primeiro volume tornou-se de tal modo um sucesso, que a escritora passou a dedicar-se exclusivamente à escrita.

Em “Bruxa e Detective”, Rachel continua o seu trabalho como caçadora de prémios e a praticar as mais variadas missões enquanto bruxa. Quando Hollows é ameaçada por um assassino em série, que parece atacar bruxos poderosos, Rachel vê-se envolvida na descoberta deste perigoso assassino, o que poderá colocar a sua vida em jogo.

No anterior volume tinha sentido alguma dificuldade em ligar-me a Rachel. Lembro-me de sentir que não me cativava inteiramente e que havia qualquer coisa na concepção da personagem que nos parecia forçado. Neste volume confesso que esse receio se vê descartado e gostei de acompanhar o seu dia-a-dia.

Neste volume temos momentos de constante acção, em que parece que sempre que Rachel vê solucionado algum problema, rapidamente encontra outro. O que nos prende à obra do princípio ao fim.

Gostei bastante de conhecer melhor várias das personagens. Temos a possibilidade de conhecer melhor o passado de Rachel, sobre a sua infância e os seus pais, o que foi interessante e nos permitiu compreendê-la melhor. Ivy, a vampira que divide a casa com ela, sofre também grandes alterações e transmite-nos grande perigo. Em toda a obra sentimos que ela vai descarrilar a qualquer momento, que irá ceder aos instintos vampíricos, o que também condiciona que estejamos sempre expectantes pelo que irá suceder posteriormente. No final desta obra Ivy deixa-nos curiosa sobre o seu futuro, como irá gerir o que lhe sucedeu, o que me deixa bastante curiosa com a continuação. Continuo a adorar o pixy e respectiva família, penso que é das personagens mais carismáticas da obra. Possui momentos absolutamente deliciosos e cativa-nos com a sua simplicidade.

Relativamente às restantes personagens, temos também a possibilidade de conhecer melhor Nick, que se mostrou bastante misterioso. Toda a ligação com o demónio, que havia confrontado juntamente com Rachel, deixou-nos expectante por saber o que se passará num futuro e transmite-nos alguma necessidade de saber mais sobre o seu passado. Quanto a Trent, nesta obra transmitiu-nos sentimentos algo contraditórios. Em “Uma bruxa em apuros” era claramente das personagens que menos apreciava, por tudo o que fez a Rachel passar, contudo neste volume não sabia bem o que pensar sobre ele. Numa fase inicial não me transmitia qualquer confiança, contudo à medida que a história avança e começamos a pensar sobre os acontecimentos, percebemos que ele poderá ser mais do que mostrou no primeiro volume e que poderá vir a ter uma ligação próxima com a Rachel, até porque poderão ser mais parecidos do que pensam.

Quanto ao demónio, com o qual Rachel e Nick se viram confrontados, foi portador dos momentos mais intensos da obra. É uma personagem que consegue possuir diversas facetas, o que é algo arrepiante, por nos fazer recear por diversas vezes por este casal, mas igualmente cativante. A ligação que possui com ambas as personagens é bastante interessante e poderá vir a ter contornos ainda mais aliciantes, devido ao pacto que ambos fizeram com este demónio.

Numa escrita repleta de acção, suspense e adrenalina, Harrison apresenta-nos um mundo interessante, repleto de magia, que nos prende à narrativa e nos incute necessidade de descobrir mais sobre este mundo e respectivas personagens.

Avaliação: 3.5/5 (Gostei!)

sábado, 1 de dezembro de 2012

Aquisições de Novembro


No passado mês de Novembro houve uma campanha na Fnac em na compra de quatro livros, de uma pequena lista, ofereciam os dois mais baratos. Adquiri, deste modo, várias obras que me suscitavam interesse há algum tempo. "A Culpa é das Estrelas" de John Green, "Rosa Selvagem" de Patricia Cabot, "O Grande Amor da minha Vida" de Paulina Simons, que têm críticas fantásticas e do escritor português João Ricardo Pedro "O teu Rosto será o Último" porque prometi a mim mesma que iria tentar investir mais em obras de autores nacionais e por parecer ser uma obra interessante, que não toca a duas pessoas de igual forma.



Por último, adquiri o romance de época de Jane Harris, "Observações", que foi o livro da semana pela Presença.