sábado, 30 de junho de 2012

Aquisições de Junho


Este mês aproveitei duas campanhas em vigor na Fnac. Adquirindo "Divergente" de Veronica Roth, ofereciam "O Braço Esquerdo de Deus" de Paul Hoffman. O primeiro tive o prazer de o ler no início deste mês e foi uma surpresa bastante agradável, fico em pulgas pela continuação da história. 

 
A outra campanha que aproveitei, foi da autora Jodi Picoult, que na compra da sua mais recente obra, "À Procura do Amor", ofereciam "Compaixão". "À Procura do Amor" é das próximas opiniões do blogue, mas posso adiantar que embora tivesse considerado um pouco diferente dos livros que estou habituada a ler dela, que costumam ser mais tristes, digamos assim, com realidades mais marcantes, este foi uma boa surpresa, com a dose certa de romance, aventura, sem nunca deixar de conter uma lição de vida, que tão bem caracteriza a autora. Sem dúvida, que veio reforçar o quanto gosto da autora ou não fosse uma das minhas escritoras preferidas. :)


No site de leilões Déjà Lu adquiri "As Palavras que Nunca te Direi" de Nicholas Sparks. Mencionei, há uns meses, no blogue que a única obra que li do autor foi "Um Momento Inesquecível", da qual gostei muito. Como tal vi neste livro a oportunidade perfeita para voltar a ler de novo algo do escritor. Também gostei muito d' "As Palavras que Nunca te Direi", pois embora as suas obras sejam quase sempre mais tristes, mostram-nos que a vida é feita de imprevistos e que os finais felizes nem sempre acontecem.
Comprei também à simpática escritora Célia Loureiro a sua obra "Demência", da qual só tenho ouvido opiniões favoráveis, o que me deixa expectante e com vontade de embrenhar no seu mundo.


Por fim, adquiri da Saída de Emergência "Cruz de Ossos" de Patricia Briggs, por ter lido este mês o terceiro volume e ter gostado bastante, juntamente com "A Criança Roubada" de Keith Donohue, que se encontrava com 40% de desconto, tendo como oferta "A Tormenta de Espadas" de George R. R. Martin.

domingo, 24 de junho de 2012

Wicked Lovely - Amores Rebeldes



Nome: "Wicked Lovely - Amores Rebeldes"

Autora: Melissa Marr

Nº de Páginas: 273

Editora: Saída de Emergência

Sinopse: "REGRA # 3:

Não olhar para fadas invisíveis.
Desde que nasceu, Aislinn sempre viu fadas. Poderosas e perigosas, elas caminham ocultas entre os mortais. Aislinn tenta passar despercebida pois estes seres não gostam de ser descobertos e costumam castigar com crueldade as pessoas que detectam a sua presença.

REGRA # 2:
Não falar com fadas invisíveis. Agora as fadas perseguem Aislinn. O rei das fadas Keenan, aterrorizante e sedutor, tenta cativar Aislinn, fazendo perguntas que ela tem medo de responder.

REGRA # 1:
Nunca chamar a atenção delas. Agora é tarde demais... Keenan, o Rei do Verão anda numa busca incansável pela sua rainha há nove séculos e está determinado a converter Aislinn na sua rainha a qualquer custo.

Quando as regras secretas que sempre a tinham protegido deixam de funcionar, de repente está tudo em risco: a sua liberdade; o seu melhor amigo, Seth; a sua vida; tudo. Intrigas sobrenaturais, amores mortais, e confrontos entre reis antigos e expectativas modernas cruzam-se no enredo deste espantoso conto de fadas que Melissa Marr imaginou para o século vinte e um."


Opinião: Iniciei « Amores Rebeldes », primeiro volume da saga Wicked Lovely de Melissa Marr, com um misto de expectativa e apreensão, devido à divergência de opiniões. Adquiri os dois primeiros volumes, ainda assim, devido a uma campanha em vigor no verão do ano passado, em que na compra do primeiro e segundo volume Mercy Thompson de Patricia Briggs, ofereciam o segundo e primeiro volumes, respectivamente, de Melissa Marr.
                                                    
Aisilinn é uma jovem de 17 anos, que vive com a avó desde sempre, pois a sua mãe morreu quando nasceu. Ao contrário dos outros humanos esta jovem vê fadas, que se mantêm ocultas a menos que o desejem. Para sua segurança tem de seguir certas regras, que foram encutidas pela avó, para sua segurança de modo a que as fadas não saibam que as pode ver. Contudo, tudo se torna mais complicado, quando Keenan, o Rei do Verão, acredita que ela poderá ser a Rainha do Verão, que irá ajudar a descongelar o mundo e consequentemente a fazer frente à Rainha do Inverno, sua mãe.

Considerei a história das fadas interessantes, o facto de as mesmas serem diferentes daquilo que estamos habituados,  algumas lindas, outras monstruosas, mas do tamanho dos humanos. Gostei também da história entre o bem e o mal, contudo a relação entre Keenan e Aisilinn não me conseguiu convencer, muito por ser uma relação meramente de acordo e não de amor, pois ambos gostavam de outras pessoas, Aisillin de Seth e Keenan da Menina do Inverno.

Relativamente às personagens, não considerei Aisilinn deveras interessante, tendo sido o seu protagonismo menos importante, em detrimento de Seth e da Menina do Inverno, por exemplo. Considero que deveria ter sido mais desenvolvida, de modo a sentirmo-nos mais ligados a ela, do que aquilo que realmente sucedeu. Seth foi, para mim, a minha personagem preferida, pela sua personalidade, pelo facto de ser um pilar para Aisilinn, tendo sido muito fácil gostar dele. Tal como Aisilinn sentia necessidade de estar junto dele, também nós leitores sentimos esse impulso para o conhecer melhor. Quanto a Keenan também não consegui sentir-me muito ligada a ele, se calhar devido ao que mencionei anteriormente, à ligação que tem na história, em que a relação com Aisilinn é meramente acordal e não de amor. A Menina do Inverno foi das personagens mais fortes do livro, pela sua história de vida, pela força que tinha e pelo amor que sentia por Keenan, que era deveras bonito.

Os aspectos negativos que encontro foi o desfecho demasiado rápido dado à Rainha do Inverno porque depois de tudo o que se passou e de toda a sua força, esperava algo mais grandioso. A história da mãe de Aisilinn, que nos foi dada de modo demasiado rápido e precoce, gostaria de ter conhecido melhor tanto o que ela era, como o que motivou a sua vida. O outro aspecto a focar seria as personagens Keenan e Aisilinn que gostaria que tivessem sido mais desenvolvidas e contextualizadas.

Com uma escrita bastante acessível, a obra prende-nos pela sua simplicidade, mas também pela apresentação gráfica dos capítulos, que é bastante bonita, e ao surgimento de lendas do mundo das fadas, no início de cada capítulo, que tornam a obra ainda mais aprazível.

Wicked – Lovely – Amores Rebeldes é, deste modo, uma história simples, mas cativante, que se lê numa assentada e que me levará a ler a sua continuação num futuro próximo.

Avaliação: 3/5 (Gostei!)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Divergente

 
Nome: "Divergente"

Autora: Veronica Roth

Nº de Páginas: 352

Editora: Porto Editora

Sinopse: "Na Chicago distópica de Beatrice Prior, a sociedade está dividida em cinco fações, cada uma delas destinada a cultivar uma virtude específica: Cândidos (a sinceridade), Abnegados (o altruísmo), Intrépidos (a coragem), Cordiais (a amizade) e Eruditos (a inteligência). Numa cerimónia anual, todos os jovens de 16 anos devem decidir a facção a que irão pertencer para o resto das suas vidas. Para Beatrice, a escolha é entre ficar com a sua família... e ser quem realmente é. A sua decisão irá surpreender todos, inclusive a própria jovem.

Durante o competitivo processo de iniciação que se segue, Beatrice decide mudar o nome para Tris e procura descobrir quem são os seus verdadeiros amigos, ao mesmo tempo que se enamora por um rapaz misterioso, que umas vezes a fascina e outras a enfurece. No entanto, Tris também tem um segredo, que nunca contou a ninguém porque poderia colocar a sua vida em perigo. Quando descobre um conflito que ameaça devastar a aparentemente perfeita sociedade em que vive, percebe que o seu segredo pode ser a chave para salvar aqueles que ama... ou acabar por destruí-la."

Opinião: “Divergente”, a obra de estreia da escritora Veronica Roth, descreve uma sociedade controladora, onde todas as pessoas têm uma qualidade que as define e que descreve o seu papel na sociedade, os cândidos (sinceridade), os eruditos (inteligência), etc. Tornando-se uma lufada de ar fresco dentro do género em que se insere.

Beatrice, a nossa personagem principal, é uma jovem de 16 anos, que tem uma complicada decisão a tomar. Decisão essa que reside entre permanecer juntamente com a família, na facção incutida pela mesma, ou tomar o seu próprio caminho e decidir uma facção que melhor se adeqúe a si. Desde o primeiro momento que se insere na sua nova facção, a sua vida é colocada em causa e revela algo que há muito tempo se questionava, qual o seu papel na sociedade.

Depois de ter lido inúmeras opiniões favoráveis a esta obra, a expectativa e a vontade de embrenhar nas suas páginas era enorme. Gostei bastante do mundo criado pela autora, que além de original, é deveras interessante. Foi, na minha opinião, aproveitado da melhor forma, conjugando a sua originalidade, com a dose certa de suspense, acção, momentos mais ternurentos e introspectivos.

Numa escrita simples e directa são-nos apresentados os acontecimentos pelos olhos de Beatrice, uma personagem bastante bem caracterizada, onde nos são transparecidas as suas emoções, receios, ambições e sonhos, de modo bastante claro. Penso que é muito fácil sentirmo-nos ligados e apegados a esta jovem, desde o primeiro momento, em que se questiona qual o caminho a tomar. Quantos de nós já não nos perguntámos qual seria a melhor acção, se seguir o coração ou os que nos rodeiam?! Contudo, também nos apegamos a ela, pelo facto de a vermos de certo modo crescer, pois quando saímos de casa, do conforto e segurança que a mesma nos transmite, tal invariavelmente sucede, e pelo modo como constatamos todos os seus questionamentos e receios.

As personagens secundárias possuem de igual modo um papel preponderante para o desenrolar da trama. Cada uma delas com uma função na vida de Beatrice, demonstrando-lhe as mais variadas lições, desde o poder da amizade, do amor, à sobrevivência. Se tivesse de salientar as que mais me disseram, teria de mencionar a família de Beatrice, especialmente a mãe, que demonstrou que mesmo quando cometemos erros ou tomamos as decisões erradas, podemos sempre contar com elas, pois o seu amor é incondicional, independentemente do que suceda. Quatro foi também uma personagem que gostei bastante de conhecer, pelo seu passado, pelo seu modo de ser, mas essencialmente pelo papel que tem na vida de Beatrice e no seu amadurecimento.

Nesta obra são vários os temas abordados, desde a sede de vingança; à vontade de possuir poder e de não ver a meios, para atingir fins; a necessidade de sentir que temos um papel na sociedade e um papel preponderante nos que nos rodeiam, que somos especiais. Embora seja representativa de uma sociedade distópica, possui inúmeras realidades patentes na nossa e que penso que a torna ainda mais especial. Sendo a sede de poder e de não ver a meios para o atingir, tal como a necessidade de sentir que temos um papel importante na sociedade, as mais visíveis.

Em suma, “Divergente” foi uma surpresa bastante agradável, pois embora todas as opiniões positivas, não esperava apegar-me tanto a esta história, que além de interessante, possui toda uma carga de suspense e acção, recheada com algum romance, que nos levam a ler o livro numa assentada. Espero ansiosamente pela continuação desta incrível história!

Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Passatempo "Um Cappuccino Vermelho" [Divulgação]

O escritor Joel Gomes que viu a sua obra ser lançada recentemente, vem agora desafiar os seus leitores a escreverem um pequeno conto, com 5 a 10 mil palavras, na pele de Ricardo Neves ou de João Dias Martins, protagonistas de "Um capuccino vermelho" e personagens secundárias d' "A imagem", continuação do primeiro volume mencionado.

Os contos poderão ser enviados para o escritor através do email joel.gomes@gmail.com, até ao dia 31 de Agosto de 2012. Posteriormente, serão colocados para votação durante o mês de Setembro e o conto mais votado, será parte integrante d' "A Imagem", como extra.

Para quem estiver interessado em participar, possuem mais informações no seguinte link, onde o autor expõe o passatempo e as dicas para a sua concretização.

Para todos os que tentarem, muita inspiração e boa sorte! :) 

sexta-feira, 15 de junho de 2012

O Segredo da Casa de Riverton


Nome: "O Segredo da Casa de Riverton"

Autora: Kate Morton

Nº de Páginas:480

Editora: Porto Editora


Sinopse: "Verão de 1924
Na noite de um glamoroso evento social, um jovem poeta perde a vida junto ao lago de uma grande casa de campo inglesa. Depois desse trágico acontecimento, as suas únicas testemunhas, as irmãs Hannah e Emmeline Hartford, jamais se voltariam a falar.

Inverno de 1999
Grace Bradley, de noventa e oito anos de idade, antiga empregada da casa de Riverton, recebe a visita de uma jovem realizadora que pretende fazer um filme sobre a morte trágica do poeta.
Memórias antigas e fantasmas adormecidos, há muito remetidos para o esquecimento, começam a ser reavivados. Um segredo chocante ameaça ser revelado, algo que o tempo parece ter apagado mas que Grace tem bem presente.
Passado numa Inglaterra destroçada pela primeira guerra e rendida aos loucos anos 20, O Segredo da Casa de Riverton é um romance misterioso e uma emocionante história de amor."

Opinião: “O segredo da Casa de Riverton” de Kate Morton foi a obra de estreia da autora australiana, tendo sido considerado o best-seller do New York Times e do Sunday Times. Eleito o melhor livro de Abril de 2008 pela Amazon.com, vencedor do Australian Book Industry Award of General Fiction e finalista do Popular Fiction British Book Awars. Obra esta que arrebatou inúmeros leitores e que lançou a autora para o estrelo, tendo as suas obras publicadas em 31 países.

Com todos os prémios, nomeações e críticas fantásticas tecidas à obra, a expectativa e curiosidade de embrenhar neste mundo era bastante e a verdade é que não me desiludi de forma nenhuma, pois contém felizmente todos os ingredientes que me agradam numa obra.

Esta história inicia-se no final do século XX, através das memórias da nossa personagem principal e narradora Grace, uma senhora de 98 anos, com uma vida plena e cheia de vitórias, amarguras e segredos que merecem ser contados.

A mesma transporta-nos através do presente até ao passado, mais concretamente até 1924, quando um jovem poeta perde a vida no lago da Casa de Riverton, tendo como únicas testemunhas duas irmãs, que depois de tal acontecimento nunca mais se voltam a ver ou sequer a falar.

Quando uma realizadora decide fazer um filme sobre esta família e sobre o estranho suicídio do poeta, contacta Grace, que foi empregada na altura da família e que é a única pessoa viva naquele momento. O contacto com esta jovem, faz a nonagenária reviver o passado e um segredo que há muito a atormenta. Sendo, deste modo, que decide começar a gravar as suas memórias em cassete, para seguidamente as enviar ao neto.

Gostei muito da forma como a autora nos narra a história e da forma como idealizou esta trama que além de possível, é deveras contagiante. Fiquei rendida por autora ser bastante jovem e ainda assim conseguir escrever na pele de Grace e fazer-me sentir como se estivesse a ouvir a minha avó a falar comigo. Não é tarefa simples escrever na pele de uma pessoa com uma idade bastante diferente da nossa, mas Kate Morton consegue-o na perfeição.

Adorei a história em si, o amor subjacente na trama, o suspense, os segredos, a acção. Aspectos bastante bem desenvolvidos, de modo a que é impossível ficarmos indiferentes ao desenrolar dos acontecimentos. Os flashbacks da nossa personagem principal, embora nos transportem para mais de 70 anos antes, encontram-se tão bem conseguidos, que o leitor sente que quase faz parte daquele ambiente, que conheceu as pessoas, as casas onde se desenrola a acção, ou seja, como se fossemos parte integrante da época onde se desenvolve.

As personagens são deveras cativantes, tendo todas um papel preponderante e essencial no desenrolar da história.

Sem dúvida, que a que mais me disse foi Grace, por ser a nossa narradora, por se encontrar tão bem caracterizada e humana, de modo a que partilhamos as suas emoções, como se de uma amiga que se tratasse. Considero que foi um prazer e quase uma honra poder ter acompanhado a vida desta nonagenária, o que mais uma vez ressalva que o leitor quase sente que os acontecimentos foram reais e que estas personagens existiram realmente. A mesma conta-nos acontecimentos variadíssimos, desde histórias de guerra, de amor, de traição, amizade, ciúme, que nos trazem inúmeros sentimentos, desde a alegria, à tristeza e até alguma amargura. Grace foi uma pessoa repleta de histórias, de amor, de amizade, mas essencialmente vejo-a como uma lutadora e com um sentimento de honra e dever, tal como os restantes empregados da mansão, que nos tocam e que hoje em dia não são sentimentos assim tão perceptíveis.

As restantes personagens são bastante interessantes e até genuínas, o que faz com que não seja capaz de distinguir mais nenhuma, pois todas foram especiais à sua maneira.

A escrita, como mencionei anteriormente, surpreendeu-me, pela autora escrever deste modo tão genuíno na pele de uma pessoa de idade. A obra é caracterizada por um estilo bastante interessante e envolvente, quase mágico, que não deixará certamente ninguém indiferente. Desde a caracterização das personagens, à descrição do ambiente que as envolve, a autora destaca-se, pela forma como nos transporta tanto para o limiar do século XXI, como para 1924.

Em suma, foi uma obra que me deu um prazer enorme ler e que merece ser lida devagar, de modo a ser possível interiorizar e saborear toda a magia da trama e da escrita desta autora, que sinto que poderá tornar-se uma das minhas escritoras preferidas. Aconselho vivamente!

Frases a reter: "Mas a felicidade... A felicidade cresce na nossa própria lareira. Não se colhe em jardins alheios."

Avaliação: 5/5 (Adorei!)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Invasão de Privacidade



Nome: "Invasão de Privacidade"

Autor: Harlan Coben

Nº de Páginas: 315

Editora: Editorial Presença


Sinopse: "Desde o suicídio do seu melhor amigo, Adam adoptou um comportamento distante e praticamente irreconhecível. Por isso os pais deste adolescente concordam em instalar um programa no computador dele que vigia todos os seus passos. Simultaneamente, a mãe do jovem que se suicidou descobre algo acerca da noite da morte do filho que mudará tudo, mas então a única pessoa que a pode ajudar - Adam - desaparece misteriosamente. Um thriller tenso, repleto de ligações inesperadas e que nos faz questionar até onde iríamos para proteger aqueles que amamos."


Opinião:  A adolescência é marcada pela fase em que os jovens se tornam mais reservados relativamente ao que sentem e no que acreditam. A idade em que os pais não conseguem aproximar-se dos filhos e saber tanto quanto gostariam sobre o que se passa com eles e o que os atormenta. O que desponta na figura paternal além de receio, também algum sentimento de impotência.

Quando Adam, um jovem de 16 anos, se torna reservado e distante, após o seu melhor amigo, Spencer Hill, se suicidar, os pais Tia e Mike Baye, que nunca haviam pensado em espiar ou controlar os filhos, colocam tal possibilidade, pois parece ser, à primeira vista, a única solução de saber o que se passa com o filho mais velho e consequentemente poder ajudá-lo.

É deste modo que tomam a decisão de espiar o computador de Adam, observando todas as páginas que visita e conversas que tem. Num dos relatórios que recebem deparam-se com uma mensagem estranha. Mensagem essa que mudará para sempre as suas vidas e não só.

Foi a minha estreia ao ler livros que abordassem o tema do controlo parental relativamente ao computador, pois embora seja um tema actual e presente na nossa sociedade, não costuma ser muito abordado. Penso que todos os pais já se questionaram, em algum momento, o que o filho faz tantas horas em frente ao computador, o que pesquisa, com quem fala e se é realmente seguro deixá-lo visitar o computador sem ter algumas limitações e acaba por ser esse o tema central do livro. Onde se coloca a questão, de quando é que a liberdade deve ser refreada para dar lugar à segurança. Quando se deve controlar os filhos e se vigiar um filho é amor ou simplesmente invasão de privacidade.

“Invasão de Privacidade” é mais do que um simples policial, tendo também uma componente social e psicológica. Social devido à questão de até que ponto a liberdade é positiva e até que ponto é que pode ou deve ser condicionada. O facto de o acesso à Internet ter aspectos positivos e negativos, que falar com estranhos pode levar a um aumento dos laços sociais da pessoa, mas que ao mesmo tempo pode colocar em perigo a sua segurança. Que nos dias que correm existe muita informação disponível na Internet, tanto com aspectos positivos, como negativos, algo que cada um tem de aprender a gerir. Psicológica, por demonstrar os dissabores da adolescência, a chamada “idade do armário”, em que os jovens ora sentem que ninguém os compreende, ora têm receio de falar com outras pessoas sobre o que os atormenta, receios ou dúvidas. Também por abordar a traição e até que ponto é que tal acto poderá condicionar a vida de uma pessoa; até mesmo ao suicídio e à perda da pessoa amada, o modo como a mesma poderá condicionar a vida de alguém e alterar o seu modo de encarar a vida, o certo e o errado.

Das personagens do livro, penso que a que se destacou mais, pelo seu papel na trama e caracterização, foi o assassino da obra. Pois, a forma como a sua personagem foi idealizada, o seu passado e o seu modo de agir, transmitiram-nos que aquela pessoa poderia realmente ter existido e que a vida, a sociedade poderiam ter condicionado a forma como se veio a alterar. Praticamente todas as cenas protagonizadas por esta personagem eram marcantes, desde os seus flashbacks, ao modo como assassinava as suas vítimas, com frieza e destreza, tornaram-na na personagem mais real e marcante da obra.

Tirando a personagem anteriormente mencionada, daria destaque ao pai de Adam, Mike Baye, pelo amor condicional, por demonstrar que pelo filho seria capaz de tudo, mesmo que isso significasse perder a sua vida ou alguns anos da mesma.

A escrita é bastante singela, como o autor já nos habitou, porém cheia de emoção e adrenalina. Foi um livro que li numa assentada, sempre desejosa por saber mais e poder descobrir como as coisas se iriam resolver e qual a ligação entre todas as personagens, que vamos acompanhando ao longo das páginas desta contagiante história.

O aspecto negativo que tenho a apontar é relativo à ligação entre algumas das personagens, mais concretamente no final da obra, que me pareceu um pouco forçado. Compreendo o intuito da ligação e considero uma ideia inteligente, contudo a sensação que existe algum exagero perdura.

“Invasão de Privacidade” foi, deste modo, uma obra cheia de adrenalina e suspense, muito ao género das obras que Harlan Coben já nos proporcionou. Óptima para passar uma boa tarde, à descoberta de um assassino.

Avaliação:3.5/5 (Gostei!)

sábado, 9 de junho de 2012

Aquisições de Maio

Esta rubrica vem ligeiramente atrasada, sendo várias as opiniões literárias também em atraso, porque infelizmente esta blogger está sem computador, o que impossibilita que o blogue seja actualizado, tantas vezes quanto gostaria. Contudo, mal tenha um tempinho e um computador à disposição tentarei ir actualizando.

No passado mês, como todos bem sabemos, foi realizada a Feira do Livro de Lisboa e mesmo sendo o tempo para a visitar pouco, acabei por adquirir vários livros. O que fazer?! É mais forte que eu. :P




Adquiri na minha primeira ida à feira "Anjos Pistoleiros" de Paul McAuley na banca anti-crise da Saída de Emergência, por cinco euros, "Beijo de Ferro" de Patricia Briggs, o livro do dia "Sangue do Assassino" de Robin Hobb e como oferta elegi "Acácia - Ventos do Norte" de David Anthony Durham e respectiva t-shirt.



Na segunda ida à Feira do Livro adquiri, novamente na banca da Saída de Emergência, "O Despertar da Magia" de George R. R. Martin, como livro do dia "O Mago - Mestre" de Raymond E. Feist e como oferta "Resistir ao amor" de Jill Mansell.