domingo, 13 de maio de 2012

Verão na Riviera




Nome: “Verão na Riviera”

Autora: Elizabeth Adler

Nº de Páginas: 292

Editora: Quinta Essência

Sinopse: "A americana Lola Laforêt pensava que tinha tudo: um casamento estável com Patrick, um francês muito encantador, e o Hotel Riviera, um espaço mágico voltado para o azul do Mediterrâneo, a sua grande paixão. Até que um dia Patrick desaparece misteriosamente sem deixar rasto…
Seis meses depois, Jack Farrar, um americano que passeia pelo mundo a bordo do seu barco, lança âncora na enseada do Hotel Riviera e vai mostrar a Lola o verdadeiro significado do amor. 
A atracção entre ambos é imediata, mas, após o que aconteceu com Patrick, Lola receia envolver-se novamente. Será Jack um homem de confiança? Quando a polícia a questiona acerca do paradeiro do marido e, em seguida, várias pessoas suspeitas reivindicam a posse do Hotel Riviera, Lola recorre à ajuda de Jack para encontrar o misterioso Patrick e resolver, de uma vez por todas, o seu futuro."

Opinião: Depois de ter ouvido e lido várias críticas favoráveis a Elizabeth Adler, foi com alguma curiosidade que iniciei esta leitura.

Lola Laforêt era uma americana realizada, com um casamento estável e um hotel que representava tudo o que ela era. Desde a decoração, que à primeira vista poderia parecer descontextualizada, mas que no fundo tinha toda uma história, até ao local onde se centrava, mágico e para os seus hóspedes quase como um lar. Contudo, tudo muda quando o seu marido Patrick desaparece misteriosamente.

Sendo a minha primeira experiência com a autora fiquei bastante agradada com a sua escrita e com o modo como descreve o ambiente que envolve as personagens. Elizabeth Adler tem uma escrita bastante envolvente e um modo de descrever, neste caso o sul de França, que quase nos transporta para aquele mundo. Nota-se no seu modo de escrever, que a autora adora viajar e que fala por justa causa, o que é muito interessante.

Relativamente às personagens, penso que se encontram igualmente bem descritas e humanizadas. Novamente transparece que já viajou bastante porque o modo como descreve os franceses tem o seu quê de verdade.

Na minha opinião pessoal peca somente na mudança por parte de Jack Farrar, um americano que viaja por todo o mundo no seu barco, que é um mulherengo nato e que depois de conhecer Lola muda completamente. Acredito que as pessoas podem mudar, a vida encontra-se repleta de mudanças, pois não somos seres estanques, mas o meu lado céptico, considera difícil que uma pessoa mude do dia para a noite, só de modo de gradual. Contudo, o facto de Lola ter receio de se envolver e de recear sofrer ou de se entregar a ele, com medo que não seja de confiança, acaba por colmatar em parte este aspecto.

Quanto às restantes personagens gostei muito da Srª Nightingale,  uma das inquilinas do hotel, pela sua força, coragem, perspicácia e bondade. Mostra ser daquele género de pessoas que se gosta instantaneamente e que são capazes de fazer tudo pelo próximo.

“Verão na Riviera” mostrou-se, deste modo, um livro agradável e leve, óptimo para passar uma tarde bem passada, sem exigir muito do leitor. Sendo os pontos mais agradáveis a reter, as descrições e o facto de não ser somente um romance, mas de também possuir um toque de intriga, mistério e suspense.

Avaliação: 3/5 (Gostei!)

domingo, 6 de maio de 2012

Marley & Eu: A vida e o amor do pior cão do mundo



Nome: "Marley & Eu: A vida e o amor do pior cão do mundo"

Autor: John Grogan

Nº de Páginas: 360

Editora: Casa das Letras


Sinopse: A história enternecedora e inesquecível de uma família e do seu cão malcomportado que ensina o que realmente importa na vida. 
Chamavam-se John e Jenny, eram jovens, apaixonados e estavam a começar a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, "um bola de pêlo amarelo em forma de cachorro", que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos. Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava-se todo por cima das visitas, roubava roupa interior feminina e abocanhava tudo a que pudesse deitar o dente. De nada lhe valeram os tranquilizantes receitados pelo veterinário, nem, tão pouco, a "escola de boas maneiras", de onde, aliás, foi expulso. 
Só que Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Partilhou a alegria da primeira gravidez do casal e o seu desgosto com a morte prematura do feto, esteve sempre presente no nascimento dos bebés ou quando os gritos de uma vítima de esfaqueamento ecoaram pela noite dentro. Conseguiu ainda a "proeza" de encerrar uma praia pública e arranjou um papel numa longa-metragem, através do qual se fartou de "conquistar" corações humanos. 
A família Grogan aprendeu, na prática, que o amor se manifesta de muitas maneiras... e feitios.”

Opinião: “Marley & Eu: A vida e o amor do pior cão do mundo” de John Grogan, vencedor do Quill Book Awards na categoria de Biografia, era um livro que aguardava ler com alguma expectativa. Como adoradora de animais que sou, especialmente no que diz respeito aos nossos amigos cães, tinha bastante curiosidade e vontade de me embrenhar nas suas páginas.

John e Jenny são casados há algum tempo e desejam vir a ter filhos, mas receiam ainda não estar preparados para tomar tal decisão. Como nos ressalva John, Jenny que matou todas as flores que lhe ofereceu e o peixe que ambos tiveram, pode não se encontrar preparada para ter filhos, tal como ele teme pensar nisso. Com isto em mente, decidem ter um cão, para aperfeiçoaram o seu lado mais fraternal, mas sobretudo porque ambos cresceram na companhia de animais e sabem o quão especial é fazer tal jornada na companhia de um amigo de quatro patas.

Não sabendo que cão eleger, acabam por optar por um pequeno labrador americano amarelo, cheio de vivacidade e alegria, a quem dão o nome de Marley, que demonstra com o tempo ser desobediente, ladrão, destrutivo e irrequieto. Contudo, Marley é mais que isso e para além do seu lado brincalhão, encontra-se o melhor amigo que o casal algum dia poderia idealizar.

Gostei mesmo muito da obra. Embora soubesse em parte o que esperar da mesma, por ter visto um pouco do filme, foi um livro que li com um prazer enorme. Uma obra leve, engraçada e emotiva, na medida certa, que nos faz adorar a obra do princípio ao fim.

Sendo John Grogan um jornalista ler a sua obra foi muito interessante porque sentimos o seu lado objectivo e sintético, aliado a toda a emoção que sentiu pelo seu pequeno amigo. Não existe qualquer saturação, nem clima pesado, sendo uma narrativa contada como se se tratasse de um conjunto de histórias, com uma caracterização e escrita muito interessantes. Penso que tanto as cenas mais engraçadas, como as mais emotivas se encontram bem estruturadas e envolventes, fazendo-nos ficar colados à história, a cada virar de página.

Por fim, gostaria de salientar a mensagem do livro. Acredito que quem já teve ou tem um cão sabe o quão enriquecedor e bom é chegar depois de um dia e ser saudado por ele, o seu carinho, dedicação e amor. Apesar de tudo, de todas as peripécias, no fim o que perdura é realmente as brincadeiras, as traquinices, mas acima de tudo o amor incondicional.

Em suma, “Marley & Eu” foi um livro que gostei muito, que me fez rir e chorar e que me colocou a pensar em como a vida é mais especial e marcante quando partilhada com um amigo de quatro de patas.

Citações a reter: “Marley ensinou-me a viver cada dia com uma exuberância e alegria ilimitadas, a aproveitar o momento e a seguir o coração. (…) ensinou-me a ser optimista em face das diversidades. Essencialmente, ensinou-me a importância da amizade e da abnegação e, acima de tudo, da lealdade absoluta.” (p.340)

“Na solidão da noite, quase conseguia sentir a finitude da vida e como ela era preciosa. Nós damo-la como garantida, mas ela é frágil, precária, incerta, susceptível de acabar a qualquer momento sem aviso. Lembrei-me daquilo que devia ser evidência mas nem sempre é: que vale a pena saborear cada dia, cada hora e cada minuto das nossas vidas.” (p.316)

Avaliação: 4/5 (Gostei Bastante!)